Então é Páscoa! sye

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Jornalista, publicitário, escritor e professor universitário

10/04/2023 15h23 - Atualizado em 10/04/2023 às 15h23

Figura meramente ilustrativa - Reprodução Google

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E assim como acontece no nascimento de Cristo com o “Feliz Natal”, mensagens de “Feliz Páscoa” são encaminhadas nas redes sociais, no WhatsApp, nas conversas por celular ou pessoalmente.
O “Papai Noel da Páscoa” é o coelhinho acompanhado por chocolates.
Assim, tanto o nascimento (Natal) quanto a morte de Cristo (Páscoa) ficam um pouco em segundo plano e o “comércio” dessas datas assume seu protagonismo.
Contudo, esse “textão” não vem para reforçar essa “cantiga” tantas vezes já ouvida. Não somos contra o comércio, mola propulsora do emprego e da qualidade de vida. Necessário mudarmos o discurso.
Tanto no Natal, quanto na Páscoa, para sermos simplistas, a proposta é de nascermos novamente ou ressuscitarmos.
Mas, como isso pode acontecer, se continuamos a repetir os mesmos hábitos?
Sejamos práticos.
Quando alguém nos ofende, nos magoa, nos entristece, nos fere, o que fazemos? Oferecemos a “outra face” ou “respondemos com a mesma moeda”?
Quando Jesus disse, no Sermão da Montanha, “qualquer um que lhe ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra”, estava propondo que não devemos responder da mesma forma, com os mesmos instrumentos, do mesmo jeito. Temos a possibilidade de interromper o “discurso do ódio”.
“Chumbo trocado” propõe a continuidade da briga.
“Responder com a mesma moeda”, propõe a utilização da mesma linguagem, da mesma “moeda de troca”, nos igualando a quem nos feriu.
Não é um discurso religioso e, sim, a prática da inteligência.
Quando assistimos juristas, governantes, políticos, diretores, gerentes e chefes de secretarias e setores, nas empresas públicas e privadas, praticando atos de retaliação e vingança. Quando percebemos discussões e brigas infindáveis, entre membros da mesma família, ou mesmo entre grupos de amigos, significa que ainda não aprendemos “tudo o que nos ensinou, o homem de Nazaré”.
É fácil? Claro que não. A nossa tendência é dizer “somos humanos” (e agimos como desumanos) e oferecer os mesmos espinhos e não responder com flores.
Exatamente por isso, se realmente queremos um novo caminho, necessitamos de novas respostas, do nascer de novo, do renascer, refletindo muito antes de agir.
Se assim não for, o “Então é Natal” ou o “Então é Páscoa” seguirá assim: com a feliz prática da troca de presentes e discursos de paz e com a infeliz repetição das atitudes do ado pela continuidade das nossas brigas.

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FONTE: [email protected]